A decisão do juiz Flavio Roberto de Carvalho foi publicada no dia 6 de julho. O G1 tentou contato com o ex-marido da ré para falar sobre o assunto, mas ele não foi localizado até a publicação da reportagem.

“Pedimos a desclassificação para lesão corporal. Caso esse caso fosse levado ao plenário do júri, com certeza iríamos alegar a legítima defesa da honra, ainda que o STF tenha se manifestado contra, não víamos objeção em alegar tal tese”, disse o advogado Glauber Bez.

Na época da confusão, em janeiro de 2018, a mulher disse que tinha um relacionamento tumultuado com o companheiro e que já tinha pedido para ele ir embora. No entanto, ele havia voltado e tinha chave da casa, quando começaram as provocações.

Ela relatou que o homem entrou no banho e saiu nu, quando confessou que tinha traído a mulher com uma parente dela.

A ré estava esquentando água para o café e arremessou o líquido quente na vítima, na região do pênis. Ele correu e se vestiu, e passaram a brigar. Em determinado momento, mulher pegou um cutelo e passou a desferir golpes.

Na delegacia, ela disse ainda que “iria tirar o pênis dele, pois estava nervosa”. O homem sobreviveu e pediu desculpa a ela.