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Os dois homens presos durante uma operação que flagrou um armazém irregular usado para adulteração de combustível, em São Roque (SP), pagaram fiança e foram liberados pela Justiça na audiência de custódia.
Policiais da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Sorocaba (SP) cumpriram o mandado de busca e apreensão no local na terça-feira (17), mas a ação só foi divulgada na quarta-feira (18).
O gerente e o motorista de um caminhão-tanque, que estava carregando o produto no momento da operação, foram detidos.
O gerente disse aos policiais que o armazém, localizado no bairro Mombaça, funcionava havia pelo menos dois anos. No local havia três tanques (e mais um nos fundos), um escritório onde eram feitas as negociações e uma cozinha com um laboratório improvisado. Todo o material encontrado foi periciado.
De acordo com a polícia, uma inspeção da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Procon estimam que existam no local de 70 a 100 mil litros de combustíveis adulterados, que seriam comercializados em postos de todo o estado.
O combustível foi testado por técnicos da ANP e do Procon, que comprovaram a adulteração com solvente e água. Uma análise minuciosa será realizada. Uma equipe do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil passaram a noite preservando o local para impedir a ação de bandidos.
O produto será retirado do local através de um caminhão-tanque e deve ser levado para Salto (SP). Com essa quantidade de combustível, segundo a polícia, daria para abastecer cerca de dois mil carros populares.
A investigação durou meses e foram realizadas várias campanas até o flagrante de terça-feira. Ainda não há informações sobre os responsáveis pelo esquema e pelo espaço, nem sobre os donos dos postos que compravam o produto irregular.
*Com informações de Moniele Nogueira, da TV TEM.