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Dois anos após o crime, Heronildo Martins de Vasconcelos, acusado de matar a jovem Aline Silva Dantas, de 19 anos, em Alumínio (SP), vai a júri nesta quinta-feira (9), no plenário da Câmara e Mairinque (SP).
Aline foi encontrada morta três dias depois de desaparecer, em setembro de 2019, quando saiu de casa para comprar fraldas. O corpo dela estava em uma área de mata e parcialmente queimado, sob troncos de árvore.
Nove testemunhas serão ouvidas, sendo cinco comuns e quatro de defesa. Destas, quatro são policiais civis que participaram da investigação, sendo um escrivão, dois delegados e um investigador.
Heronildo foi denunciado por homicídio qualificado, estupro e ocultação de cadáver, com agravantes como asfixia, impossibilidade de defesa e feminicídio. Em março deste ano, a defesa do réu tentou entrar com recurso quando a Justiça decidiu pela realização do júri, mas foi negado.
Conforme a polícia, após matar e estuprar Aline, no dia 8 de setembro de 2019, Heronildo foi para um velório na cidade, onde ficou até a manhã do dia seguinte. Ele deixou o local por volta das 6h e teria furtado uma embalagem de álcool em gel.
De acordo com a delegada Luciane Bachir, Heronildo foi o principal suspeito desde o início. A polícia informou que a vítima e o homem não se conheciam e que o crime não teria sido premeditado.
Heronildo tem passagem por tentativa de estupro em 2012, também em Alumínio. Na época, o ataque à vítima foi parecido com o de Aline: na rua e em local sem movimento.
Durante o interrogatório, o réu declarou ao juiz que não agrediu a vítima, que houve “um lapso de consciência” no momento do crime e que só teve ciência do assassinato quando Aline já estava sem vida. “Não tem o que dizer, simplesmente aconteceu”, afirmou.
Na época, Heronildo foi preso em casa, depois que a polícia identificou o DNA dele no corpo da vítima. Anteriormente, ele havia negado envolvimento no crime.
No início deste ano, o advogado do réu, que foi nomeado pela Defensoria Pública, pediu a instauração de incidente de insanidade, que aponta se a pessoa tem problemas psiquiátricos e se está apta para ser julgada pelo crime.
“Não há provas do que aconteceu entre o tempo em que o mesmo seguiu o mesmo caminho da vítima e encontrou-a em seus braços, pois teve um ‘apagão’ em sua memória, e as demais provas são apenas indícios.”
Câmeras de segurança registraram Aline entrando em uma farmácia para comprar fraldas para a filha. Em outras imagens, ela aparece caminhando pelas ruas da cidade, sempre sozinha. Em outra imagem da polícia, Aline é vista caminhando e sendo seguida pelo suspeito.
O corpo da vítima foi identificado com base nos traços dela e em pedaços do vestido que ela usava no dia do desaparecimento.
No dia seguinte ao encontro do corpo de Aline, 12 de setembro, policiais localizaram um artefato explosivo na mesma área. A polícia informou que o artefato foi deixado no local depois que o corpo foi encontrado e não há relação com o crime.
O velório da jovem foi realizado na manhã do dia 12 de setembro. Ela foi enterrada no cemitério municipal.
G1 Sorocaba